O que é?
A sigla AIDS significa Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida. O vírus da AIDS é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no
esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo
vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir
o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa.
Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos
para se manifestar. Por isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas
ainda não ter AIDS. Ao desenvolver a AIDS, o HIV começa um processo de
destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses
glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico (de defesa) dos seres
humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas
podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. A pessoa portadora do vírus HIV,
mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la.
Transmissão:
A AIDS é transmitida de diversas formas. Como o
vírus está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue,
todas as formas de contato com estas
substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são:
transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de
seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue. A AIDS também
pode ser transmitida da mão para o filho durante a gestação ou amamentação.
Sintomas:
Como já dissemos, um portador do vírus da AIDS pode
ficar até 10 anos sem desenvolver a doença e apresentar seus principais
sintomas. Isso acontece, pois o HIV fica "adormecido" e controlado
pelo sistema imunológico do indivíduo. Quando o sistema imunológico começa ser
atacado pelo vírus de forma mais intensa, começam a surgir os primeiros
sintomas. Os principais são: febre alta, diarreia constante, crescimento dos
gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência
começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer:
pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos, perda de memória,
dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa
lesões na pele, intestino e estômago). Caso não tratadas de forma rápida e
corretas, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente.
Prevenção:
A prevenção é feita evitando-se todas as formas de
contágio citadas acima. Com relação à transmissão via contato sexual, a maneira
mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações
sexuais. Atualmente, existem dois tipos de preservativos, também conhecidos
como camisinhas: a masculina e a feminina. Outra maneira é a utilização de
agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos. Instrumentos
cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma
correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso
sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de
uma pessoa contaminada para uma saudável.
-O que é o Teste Rápido de HIV e como fazê-lo?
Os testes rápidos são realizados a partir da coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo. O sangue é colocado em dois dispositivos de testagem e para chegar ao resultado, o profissional que realiza o teste segue um fluxo determinado cientificamente. Se os dois dispositivos tiverem os mesmos resultados, o diagnóstico já é fechado. Porém, se houver discordância entre os resultados, é feito outro teste com um terceiro para confirmação. Assim, o resultado tem a mesma confiabilidade dos exames convencionais e não há necessidade de repetição em laboratório.
Esse método permite que, em apenas meia hora, o paciente faça o teste, conheça o resultado e receba o serviço de aconselhamento necessário. Distribuído gratuitamente para serviços de saúde da rede pública, este teste rápido é utilizado na maior parte das ações do Fique Sabendo do Departameno de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, principalmente devido a sua agilidade e praticidade.
- Quem deve fazer o Teste Rápido de HIV e quando deve fazer?
O teste de AIDS não deve ser feito de forma indiscriminada e a todo o momento. O aconselhável é que quem tenha passado por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido, faça o exame.
Após a infecção pelo HIV, o sistema imunológico demora cerca de um mês para produzir anticorpos em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste. Por conta disso, o mais aconselhável é que se faça o exame após esse período.
- Por quê fazer o teste?
Ter um diagnóstico positivo do HIV precocemente permite que o paciente comece o seu tratamento no momento certo e tenha uma melhor qualidade de vida. Além disso, mães soropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV, se forem orientadas corretamente e seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.
- Onde fazer o teste?
Os testes para detectar o vírus HIV são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sigilosa e gratuitamente nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que são unidades da rede pública. Laboratórios da rede particular também realizam estes testes.
Ao receberem o resultado, os pacientes passam por um processo de aconselhamento, feito de forma cuidadosa, com o objetivo de facilitar a interpretação do resultado pelo paciente.
Tratamento:
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura
para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na
pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do
paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o
AZT (zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal
função do AZT é impedir a reprodução do vírus da AIDS ainda em sua fase
inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da AIDS são: DDI (didanosina
), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora
eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais
significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no
desenvolvimento de uma vacina contra a AIDS. Porém, existe uma grande
dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande,
dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.
Você
sabia?
- Dia 1 de dezembro comemora-se o Dia Mundial
de Luta contra a AIDS.
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